sexta-feira, 22 de julho de 2011


Saudade

Sinto saudade de como era bom sorrir com você. Sinto saudade de como a vida parecia mais leve quando você tava por perto. Sinto saudade principalmente do sabor das manhãs que você acordava do meu lado. O tempo tá passando rápido, já faz mais de um ano e a ferida ainda tá machucando tanto, maltratando tanto...
 Eu já consigo sorrir com outras pessoas, consigo até ser feliz acordando com outra pessoa do meu lado. Mas tem dias, como hoje, que eu acordo com uma saudade sem fim, uma vontade de sair gritando, sair pra te procurar e te mostrar o quanto você me machucou, o quanto me destruiu mas ainda assim, eu consigo te amar. 
 Não sei como, nem porquê, mas eu amo, mesmo você me dando todos os motivos pra te odiar, mesmo sabendo que nesses últimos meses você não pensou nenhuma vez em mim, a velha história do "não escolher a quem amar" e, "amar ainda que não seja correspondido", eu ainda fico cega, burra, estúpida, eu ainda consigo pensar num final feliz pra nós dois. Quem diria, que eu tão resolvida com a vida, sofreria com a saudade de alguém que fez tão pouco e se tornou o tudo?




 Hérida Moreira
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terça-feira, 5 de julho de 2011


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  E quando aquelas borboletas que você sentia na barriga são cuspidas na sua forma mais primitiva? Quando acaba aquilo que os uniu, aliás, quando acaba pra ele porque pra você nunca ameaçou acabar. E daí, como se sobrevive no meio dessas recordações espalhadas no corpo? No corpo que um dia ele fez dele e que hoje não o sacia mais. É difícil conviver com a saudade e mais difícil ainda ter que aceitar ele com outros corpos, não melhores que o seu mas que, agora, são o que ele deseja. 
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